Templo de Hatshepsut

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Situado próximo à Luxor, também conhecido como Deir el-Barari. O templo, escavado da rocha, foi projetado pelo arquiteto Sennenmut e é dedicado a Hatshepsut, a única mulher que reinou no Egito por um longo período. O templo é composto por uma parte escavada na rocha e na parte exterior há três terraços.

Encontramos apenas vestígios de Hatshepsut no templo pois quase tudo que fazia referência à ela foi destruído após sua morte por seu irmão Tutmosis III.

É possível observar as partes que foram intencionalmente removidas dos murais, num esforço para apagar a memória de seu reinado. Porém não parece que surtiu o efeito desejado pois até os dias de hoje sua fama se manteve intacta e a história de seu irmão não é mencionada. 

Hatshepsut era uma legítima princesa, filha do rei Tutemés I e de sua primeira esposa, a rainha Ahmose. Após a morte de seu pai, o trono passou a Tutemés II, seu meio-irmão e marido, mas esse também morreu após poucos anos de reinado, e o trono passou por direito a seu filho com uma esposa de menor importância, Tutemés III. Sendo este ainda uma criança, Hatshepsut governaria como faraó-regente até a maioridade do menino.

Ela legitimou o seu poder alegando que tal decisão era a vontade de seu pai, o deus Amon, que a teria enviado para governar o Egito. E assim ela o fez por mais tempo que qualquer outra faraó mulher, quase 22 anos. Mesmo com um reinado pacífico, ela ordenou expedições e foi bem-sucedida. Sob sua liderança, ela deu particular atenção à arquitetura e aumentou as riquezas do Egito. Hatshepsut preferia ser representada esteticamente como um faraó com feições masculinas, como barba, salvo cintura mais fina, indicando se tratar de uma mulher.

Apesar das tentativas de apagá-la da história, permanece como uma figura emblemática que trouxe grande progresso ao Egito durante o seu reinado de mais de 20 anos. Seu templo de design único está entre as atrações mais visitadas do Egito. O templo é cheio de detalhes e sua suntuosidade impressiona.
Após sua morte os seguidores do rei fizeram uma campanha destrutiva de vingança contra a rainha falecida, omitindo e destruindo o seu nome dentro dos cartuchos e deformando suas imagens nos templos, pois segundo as crenças egípcias antigas, a imagem e principalmente o nome da pessoa era importante para garantir uma vida após a morte pois Ká (a alma ou duplo da pessoa) apenas reconhece a pessoa pela imagem ou nome e omitir significaria que a alma não conseguiria reconhecer a múmia.

Os primeiros cristãos converteram o templo em mosteiro, o que provocou muitos danos nas instalações, mas apesar disso o templo conseguiu manter seus esplendor até os dias de hoje.

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